Como bem assinalou o MontiEmídio, houve dispersão dos montis mais activos, 2 na estrada e 3 pelos trilhos dos montes. Coube ao MontiNando traçar o percurso das bikes montanheiras e ele apontou para Calhandriz/Mato da Cruz, fase inicial de uma volta a controlar com o GPS. Com pedalada moderada chegámos à ponte que está a ser reconstruida na estrada de Arruda e passámo-la sem incómodos usando a passagem para peões. Está ali obra para demorar ainda uns dois meses, o que deve aborrecer muita gente. A verdade é que no troço até ao desvio para o Sobralinho a ausência de transito permite uma descontracção maior tanto a peões como a ciclistas. Sabe bem. Continuámos a alcatroar e desviámos para a Calhandriz iniciando aquela subida empinada que atravessa a povoação. Mostrou-se logo com clareza que havia um pedalante que ia jogar à defesa, eu, MontiVictor. Com os foles em ritmo agitado pedi logo uma paragem no larguinho onde estão os lavadouros. Descanso curto, hidratação, e aí vai o trio em subida contínua até ao Mato da Cruz com uma cautelosa passagem de vala logo no início do trilho de terra batida que leva ao viaduto. Atravessado o alcatrão entrámos definitivamente no trilho e na alegria de uma descida sem problemas logo seguida de uma subida a pedir aplicação, em terrenos já conhecidos de passeios anteriores e, claro, sempre saborosos, como aquela descida longa que termina na estrada que liga à Alverca-Bucelas. Fomos em direcção ao forte recentemente arranjado (li o nome mas esqueci...) junto ao caminho que conduz às encostas viradas a Bucelas e, feita uma visita breve ao histórico recinto, iniciámos mais uma descida que leva ao ponto de separação 35 km/50 km do passeio Alvercabike. Eu consegui subir até esse ponto mas os bofes saíam-me pela boca fora e tive de parar. Os meus amigos Cadilha e Nando já tinham virado subindo o estradão (que melhorado está!) que volta ao Mato da Cruz mas acabaram por voltar para trás. Perceberam que eu precisava era de descer um pouquinho e apontámos então a Vila de Rei, até que desviámos para o vale e nos internámos de novo nos trilhos que nos fazem dar valor às 3x9 velocidades que temos à nossa disposição. Com mais uma subida exigente entrámos numas vinhas onde andavam uns caçadores, continuando a subir por ali acima o parzinho dos meus companheiros, mais possantes do que eu e entusiasmados pelo desafio. Mas eu fazia pela vida e continuava dar ao canelo como um senior que se preza (atenção, esta do senior que se preza traz água no bico, vocês vão ver a seguir). Quando ataco a última inclinação à vista sinto que a roda traseira derrapa e torna a derrapar e... olho e estava de pneu vazio! Furo, claro! E o parzinho já não se via!... Termino a subida desmontado e passados uns momentos tenho comigo os meus companheiros que se prontificam a ajudar. Então MontiVictor, vamos mudar a câmara de ar? Sim, sim, tenho aqui uma nova... Pois, era nova mas o pipo não passava no buraco do aro... Bom, diz o Nando, o nosso senior não vai ter de fazer o regresso a pé, vamos remendar o furo. MontiVictor não tem remendos nem acessórios? Não interessa, o Nando tem - e o Cadilha também caso não tivesse o Nando - e vamos lá a isso. Bem, foram 3 furos que se manifestaram e que, com 2 remendos, deixaram de se manifestar. Mas não foi assim tão rápido como se lê! Levou uma boa meia hora a pôr a roda em condições de andar! E tudo porque o senior não tinha o material adequado para resolver o azar que já lhe estava futurado; sim, porque ele sabia que o pneu traseiro andava há mais de um mês com uma tacha bem cravada e que só o gel da câmara de ar é que permitia, até quando?, manter a roda operacional. Vergonha, pouca, do senior! Nem parece Montibiker! Um senior que se preza ( cá está!...) tem de dar o exemplo e ter o material necessário para participar sem atrapalhar o passeio! Toma lá! Foi mau, mesmo, grande trabalheira! Mas pensam vocês que isso fez desanimar o pessoal? Não senhor! Em vez de nos despedirmos na Rotunda do Alambique (ou será da caldeira?) seguimos os três e ainda fizemos a subida para os montes do Forte da Casa, descida para o viaduto dos Caniços e subida para o alto da Póvoa de Sta. Iria... pelo trilho, sim, claro! E eu? Portei-me bem mas não subi tudo. Perto do cotovelo deixei levantar-se a roda da frente por duas vezes seguidas e tive de parar e desmontar. Virei o cotovelo a pé mas montei de novo e despachei o resto da subida sem problemas. Descemos até à Rotunda do Nando e despedimo-nos dele quase à porta de casa, num gesto de MontiGentileza que só nos fica bem a todos. O regresso dos sobrantes a Alverca não teve história. Ah! excepto por um pormenor: com marcada MontiGentileza, o Zé Cadilha, cuidando de manter aberto o portão da garagem para o seu colega, pouco faltou para, nessa manobra, levar o corpinho ao chão. Obrigado amigo, pelo cuidado, é só o que posso dizer. Foi assim que terminou mais um MontiPasseio, este, por sinal, dominical.
Desculpem, este trio não ia equipado para fotografias. Não há imagens, portanto, e é pena. Mais um ponto a ter em conta na mudança de atitude que este senior tem de realizar como Montibiker.
Bom, espero que não comecem a chorar face à minha autopunição. Isto passa-me depressa, descansem!
Abraikes para todos.
MontiVictor.
O Nando fez-nos duas surpresas, a primeira agraciou-nos com uma queijadinha de Sintra, a segunda levou-nos a subir até ao Mato da Cruz, ganda malandro.
ResponderEliminarFoi uma manhã com muita adrenalina, muitas subidas e descidas.
Mesmo com aquela meia hora de paragem para reparar a câmara de ar da GhostBike, 3 furos na mesma.
Tinha um pionés de estimação cravado à um mês, é obra.
MontiVictor essa bike tem que ser mais bem tratada, coitada da bicha.
Foi uma jornada de boa preparação para a viagem a terras de Alcácer do Sal.
Abraikes
Oh meus amigos passeio sem uma pequena distracção, não é passeio. Os furos para o MontiVitor foi uma boa lição de certeza que da próxima vez terá consigo todo o material (certo) que precisa. Já vi que tenho de me deixar de levar pela pika, visto que há Montis com menos pedalada que eu, portanto fica prometido que não deixarei ninguém para trás a partir de agora. Quanto à crónica, sempre muito bem trabalhada em pormenores, como o nosso MontiVitor já nos habituou.
ResponderEliminarUm grande abraike a todos
Só mais uma coisinha, amigos MontiAlcatroneses deixem essa veia de ciclismo, que faz mal às costas hehehehehe
MontiVictor
ResponderEliminarCalma e descontracção é o melhor remédio quando se acompanha esse parzinho.. ah e deve levar o MontiFélix para o ir consolando...eh eh (verbalmente), pois com eles, nem dá para respirar…
Já vi que andou a treinar a fazer o cavalinho com a roda da frente..boa.. já treina para os 70 kms da 4ª maratona Terras do Toiro??? boa...
O sénior poupa nos kilitos da bike... não leva máquina e faz gandas reportagens.. não leva ferramentas e faz gandas reparações... não leva comer e faz gandas xinxadas ieh! ieh!..
Inté aos trilhos
Pessoal,
ResponderEliminarpelo que li alcatrone também não vos faltou...
MontiNando, quase que gastavas os pneus novinhos só em alcatrone... não foi o baptismo ideal para uns apetrechos desse gabarito.. eh eh
O parzinho cansou tanto o sénior que coitado do homem... tornou-se cá um lamechas.. eh eh até eu que fiquei comovido.. ah ah
Já vi tudo... faltaram ai dois montis para animar o passeio... ah... e se ai estivéssemos.. iríamos à laranjinha concerteza...
Pois é Montis, apanham se a sós com o Senior, e é sempre a arrasar (com ele). Montivictor, diz lá que não tens saudades minhas...comigo sempre os obrigo a esperar mais um pouco, e sempre dá para recuperar o fôlego. Agora, ires com os escaladores para os montes, é preciso coragem. Ainda por cima levam pneus novos!!!(eheh)
ResponderEliminar(Bem me parecia que a queijada ia sair cara...primeiro adoça a boca , e depois é sempre a subir ...)
Em Alcacer não levantam muita poeira á minha frente!!!por favor.....
A Félix