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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Passeio Arruda dos Vinhos-Praia de Santa Cruz-Arruda dos Vinhos 11/09/2011





Ora viva Montis, se julgavam que eu não era suficientemente louco para fazer este longo passeio por terras do Oeste, estavam enganados, pois eu fiz e mostrei de que raça os Montibikers são feitos.
Tudo começou por dois convites feitos de dois bikers que eu conheço e que já tive o privilégio de acompanhá-los em diferentes aventuras. O Hugo Noronha que me acompanhou no passeio em Arouca e o Luís Felgueiras (meu mecânico) em passeios aqui dentro da nossa zona.
Cada um fez o seu aliciamento para eu estar presente neste evento, que já é conhecido deles desde alguns anos. Eu como tinha de fazer uma revisão à suspensão da bike, fui ter com o meu mecânico o Luís Felgueiras no sábado e depois de alguma conversa ele disse-me se eu queria combinar com ele para sairmos de bicicleta de Alverca até à Arruda, mas que só lhe podia telefonar a partir das 8 da noite visto que ele teria só nessa altura a confirmação de outro Kondor para fazer companhia até lá.
Durante a tarde e quando estive na companhia do meu camarada MontiCadilha para tentar ensinar umas dicas para o Blog, falei na possibilidade de ir até à Arruda de bike para iniciar o grande passeio. Fiz as contas e apercebi-me de que iriam ser à volta de 140 Kms no total até chegar a casa (Póvoa de Santa Íria), o Cadilha alertou-me que talvez seriam muitos Kms para uma primeira vez, sem conhecimento do esforço despendido para tal proeza. Eu concordei e quando liguei para o Luís informei-o de que iria de carro até Arruda porque não tinha sequer a certeza de que conseguiria fazer o percurso todo. Também liguei ao Noronha para saber se ele ia de bike até à Arruda ao que ele me respondeu que não, que iria levar o carro até lá tal como eu, assim eu combinei encontrar-me com ele no sítio da concentração de todos os participantes, no parque de estacionamento em frente aos Bombeiros.
No Domingo lá estava eu no sítio combinado com a Cubebike afinada e com o track no GPS para mais uma grande aventura. Decidi ir com o grupo dos Kondores, depois das fotografias da praxe e do pequeno brevet do organizador do evento, pusemos-nos em marcha pelos interessantes trilhos dos primeiros 60 Kms, logo de início dos primeiros Kms uma subida em alcatrão valente para por toda a malta quente, depois foram trilhos por quintas com lindos terrenos cultivados com vinhas, subidas e descidas em singletracks, às vezes com a companhia das nossas amigas (Silvias). Andei muitos Kms (40) junto com o Luís, mas numa subida em singletrack quando já ia embalado com a mudança certa alguns bikers que iam à minha frente pararam e não tive alternativa senão desmontar e subir a pé até ao cimo, vi passados momentos depois o Luís a subir mais um camarada do grupo dele em cima da bike tal e qual da maneira como eu estava a pensar fazer, passou por mim e depois já não o consegui alcançar mais à frente. Pensei que depois iria-mo-nos encontrar para comer qualquer coisa na Praia de Santa Cruz, coisa que não iria acontecer. Perto de chegar a Santa Cruz e sem ver o mar já se sentia no ar a brisa marítima, foi refrescante, até porque já estava algum calor na altura. no âmbito geral foi puro BTT de lazer e sem competição.
Quando cheguei a Santa Cruz fui procurar um sítio para comer qualquer coisa e deparei com um Kondor sentado na esplanada de um café, estacionei a bike e fui perguntar se tinha visto o Luís, ele respondeu que ele e outro camarada do grupo já tinham comido e saído à 5 minutos dali, de regresso à Arruda. Nessa altura já sentia algumas dores nas costas e nos músculos laterais das pernas (cãibras), passava já pela minha cabeça se continuava ou não o resto do percurso, visto que poderia ter alguma lesão. Enquanto comia e conversava, estava perto de nós um biker que só fazia até ali o percurso e que ia de volta de carro. Ao ver que eu estava com dúvidas disse-me que se eu quisesse ir com ele, ainda tinha um suporte de bicicleta vago no carro dele. Olhei para ele e olhei para os Kondores que entretanto tinham chegado ao pé de nós. Reflecti para mim mesmo, se comecei acho que também devia de acabar e foi essa a minha decisão. Agradeci ao outro biker o convite mas não iria aceitar, vendo que talvez ainda me restasse alguma força interior para acabar esta grande aventura.
Tinha a noção que grande parte do resto do percurso era a rolar sem muita dificuldade, tirando a subida a partir da localidade de Dois Portos até Freiria, aí sim, iria ver se o meu corpo aguentava com tamanha elevação após tantos Kms.
Entretanto até Santa Cruz bebi um bidão de 0,5 litros de Isostar, 1,5 litros de água do Camelback e 2 barras energéticas. A bucha em Santa Cruz foi uma sandes mista com um sumo de laranja natural.
Depois de termos comido iniciámos o percurso de regresso, onde iríamos ter dois percalços, mais propriamente dois furos com o mesmo biker e na mesma roda. Foi ao Kondor Caldeira que teve o azar de furar o pneu por duas vezes seguidas. Nem sei como aguentou depois o caminho todo sem mais nenhum furo, visto que o pneu tinha um rasgo, o que nos levou a demorar mais um bocado a chegar ao destino.
Durante o caminho ainda parámos para abastecer com água, eu já tinha bebido o outro 1,5 Litros de água que entretanto comprei no café. Faltava então o verdadeiro obstáculo da subida até Freiria, foi muito duro e nem com as duas barras energéticas que tinha ingerido antes, ainda não tinha ganho força suficiente para subir tal elevação. Disse aos meus camaradas de jornada para irem à vontade no ritmo deles que eu depois  os apanhava no cimo. O Caldeira, o Rodrigo e o Gabriel fizeram o esforço de irem também no meu ritmo lento porque tinham em mente que eu poderia não conseguir suportar tal esforço nas pernas, pois eu tinha dito no café que sentia algumas dores de músculos ao nível das pernas. No cimo quando parámos estávamos ao pé de uma capela com uma fantástica vista de 360º em redor, até que valeu o esforço despendido para ver tal vista. De seguida foi a descida até à Arruda para terminar a aventura.
Chegámos às 6 da tarde, sem nenhum problema grave e isso é o mais importante.
Espero que não tenha sido muito maçuda esta crónica mas como sabem eu gosto de contar alguns pormenores.
Abraikes




5 comentários:

  1. Grande reportagem,
    este men quando começa a escrever não pára, pena é que as fotos tenham sido tão poucas. Mas compreende-se era só pedalar, nem tempo teve p´ra cag... quanto mais para fotografar, rima e foi verdade.
    Parabéns Nando foi aquilo que se chama " um dia em cheio".

    abraikes

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  2. Montinando,
    Está de parabéns...
    é um men decidido...
    Pena é não combinar com mais antecedência...
    E explicar melhor as suas intenções...
    Pois poderia ter mais companhia MontiBiker...
    Talvez eu fosse um desses...
    Eu sei...como bons Portugueses que são... foi tudo combinado em cima do joelho...
    Fica aqui o repto aos restantes...
    Vamos fazer este trak???... mas com um almoço rápido por Santa Cruz???
    Quem alinha???

    Quanto à reportagem...Está ao nível do que o MontiNando nos vem habituando..
    Só lhe faltou uma GO PRO nos Ká pá cete.. eh eh..

    Abraikes

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  3. Grande Nando elevaste bem alto o nome dos Montibikers. Deve ter sido uma jornada de "sangue, suor e lágrimas" eheh... E logo tu, que não costumas ressentir te das nossas voltinhas, de certeza que desta vez entraste em casa de perna aberta eheh ou como se diz na giria, com um andar novo!! Mas segundo dizem os duros da Arruda, é com empenos desses que se ganha forma. Como diz o Montiemidio, se tens combinado de certeza que já há elementos no grupo que te conseguiam acompanhar (o que não é o meu caso ).
    Montifélix

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  4. A grande jornada do MontiNando desperta o apetite dos Montis. Nem todos estão capazes de fazer um raid destes com à-vontade. Eu não estou.
    Mas fazer uma parte e ver como correm as coisas, seria uma maneira de lá chegar.
    Temos só de medir as nossas forças para partirmos confiantes; que acham?
    Abraikes.
    Victor

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  5. também acho que se os Montis fossem confrontados com este passeio com alguma antecedência haveria aderências, mas fica aqui, como bem disse o MontiEmidio o alerta para casos futuros.

    Abraikes

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