Mas vejam as imagens disponíveis neste blogue e já ficam com uma ideia do porquê desta introdução croniqueira. Reportagens assim são uma alegria, um prazer sem amargura... que mais posso eu dizer?
Bem, a verdade é que vou mesmo dizer mais alguma coisa; obrigaram-me!...
Começo pelo princípio: três Montibikers, animados e, vá lá, sem frio apesar de serem 7:00 h, juntam-se na Torre do Meio para a viagem até Sintra. Alçam as bikes para cima do VWPassat cadilhano, entram no carro e ele aí vai ao encontro do dos outros dois participantes na aventura, MontiFélix e MontiNando. Olha, lá vem o Honda com os dois, muito risonhos! Vamos embora! Sem incidentes, com tranquilidade e trânsito amigável, galgámos os quarenta quilómetros até às amplas instalações dos Bombeiros de S. Pedro de Sintra e, por chegarmos cedo, procurou-se o luxo de um cafézinho matinal. Mas onde? Eh pá, não faltava já muito para Cascais, foi mesmo na Zona Comercial da Beloura! Os do VWPassat, porque os do Honda arrepiaram caminho e deram meia volta apontando à estação de serviço da Rotunda do Ramalhão. De volta ao parque já fomos encontrar o burburinho habitual dos carros a chegar, das bikes apeadas com todo o cuidado, dos abraços e saudações e das verificações de última hora. Nautibiker Jorge, Mário Arrábida Biker e Ricardo, que formaram connosco o consórcio Montibikers & Associados, deram-nos os bons dias e foram distribuindo sorrisos para os nossos reporteres. O Presidente Pedro (PP) andava de um lado para o outro e ora cumprimentava mais uns bikers, ora dava uma indicação que lhe pediam, ora estabelecia com a BTTretasLogística (Jorge Lima, Sebastião, Nelson e mais um) as decisões finais quanto aos locais do apoio. Mais uns minutos e ei-lo a reunir todo o pessoal pedalante (8 de Montibikers & Associados, 15 de AlvercaBikers, 8 ou mais do BTTLourel e uma dezena ou mais de BTTretas) para o "briefing" de partida, curto e esclarecedor. E toca a pedalar que já estamos atrasados! Formou-se a caravana com o PP à cabeça e com vagar fizemo-nos à estrada, numa fila bonita de se ver. Da estrada passámos às veredas do sopé da serra e com as primeiras subidas começou verdadeiramente o passeio. Sem pressas e sem lentidões, percurso muito equilibrado, puxando bastante aqui e ali mas sempre sem rebentar, pedalando e conversando foi seguindo a caravana. Até que das areias onde rolávamos surge numa bike o sempre indesejado furo, e numa roda de pneu sem câmara! A caravana estaciona e vai tirando fotografias, à espera da aniquilação rápida do problema, mas a coisa demora. Quando finalmente metem ar na roda acaba por acontecer o estoiro e volta tudo à estaca zero! Disseram que a jante, diferente, não podia receber a câmara de ar e, fosse ou não fosse, a verdade é que o dono da bike teve de conformar-se, ele e nós, com mais um compasso de espera. Revê-se a solução, roda ao chão, não estoira... e o pessoal prossegue na esteira do PP. Ora à sombra, ora ao sol, subindo e descendo, sempre com suavidade e espírito de (re)união, absolutamente notável para tão grande grupo, fomos avançando no percurso programado. Lagoa Azul, com mais um valente estoiro da câmara de ar da tal roda/jante p'a pneu sem câmara, recebendo mais uns longos minutos de atenção dos melhores mecânicos da caravana (e resultou, finalmente, com importante contributo do nosso ArrábidaBiker). Na Pedra Amarela extasiámo-nos com a amplidão da paisagem, luminosa e a estender-se desde os areais do Guincho e praias seguintes até Tejo acima, com os topos dos pilares das pontes a irromper dum leito de luz estendido sobre o rio. Fotografias, sobe e desce de pedra para pedra, saudações aos turistas que, a pé, vinham ali cobrar largo pagamento do esforço da subida, e, para os abastecidos, oportunidade de trincar a barrita de cereais ou a maçã, foi para isso que as trouxeram. Largados monte abaixo a caminho da próxima paragem, alongando a fila na descida e logo reagrupando na subida, visitámos a Peninha, mais em cima agora da Praia do Guincho e da Malveira da Serra. De novo a paisagem recebeu as atenções deliciadas dos pedalantes e os disparos repetidos das máquinas digitais, na esforçada tentativa de recolher toda a beleza daquela manhã sem mácula. Tudo foi acontecendo sem mais sobressaltos e apareceu, com perfeita localização e eficazmente organizado, um belo dum reforço de energias em que as laranjas, as bananas e as garrafinhas de água compensaram o desgaste já sofrido. Satisfeitos e recompostos, todos, os pedalantes prosseguiram a peregrinação com animada desenvoltura e alguns percalços, sem explosões desta vez. Rebentou um elo de engate de uma corrente, que foi substituido porque alguém tinha sido previdente e ofereceu logo a pécinha, e houve uma ou duas quedas sem consequências para além da chacota habitual dos companheiros. Foi-se percorrendo assim a bela serra e gastando a manhã a encher os olhos de paisagens e os ouvidos de piadas, risadas, estímulos solidários para espevitar andamentos e avisos nos pontos perigosos. Cumpriram-se 31 km com uma média final de 11,5 km/h, bem dentro do horário previsto (grande organização!...), todos chegaram sãos e salvos ao parque onde estavam as viaturas e, com excepção dos que não alinhavam no almoço (quase todos elementos que foram guias do passeio... olh'ó Bispo, já se pirou!...) passámos à etapa do banho. Instalações impecáveis, novas, duches com todos os buraquinhos a deitar água e a temperatura no ponto! Alívio bom para as tensões musculares que já visitavam alguns dos bikers. Assim que o pessoal se aprontou para a deslocação em direcção do almocinho o PP deu ordem de marcha e a caravana, agora automobilizada, seguiu-o para o local escolhido, um restaurante (self-service nos dias úteis) dentro da Zona Industrial da Abrunheira. O espaço, explorado por um biker conhecido do PP, esteve por nossa conta - e também do SintraBike, com uma apresentação de material pedalístico e divulgação das suas próximas iniciativas, com destaque para um tal festival de BTT. Para aquecer as bocas foram apresentadas umas miniaturas de croquetes e rissóis impecáveis, crocantes, divinais, e umas tapas muito boas, tudo isto regado a vinho da casa ou cerveja, tudo ótimo para quem já acusava alguma fomeca! Uma entrada em dois volumes, fazendo lembrar crepes na sua forma exterior, criou curiosidade para o ponto seguinte do menu, um acepipe que não me entusiasmou mas que se tragava bem. Com a algazarra do costume chegámos perto da hora dos cafés e o nosso PP botou palavra para os presentes, salientando com justos agradecimentos todos os apoios e boas colaborações que tinham contribuido para os belíssimos momentos de passeio e convívio que saboreámos. E antes que ele passasse à etapa final levantaram-se os Montibikers para fazer rasgado agradecimento aos BTTretas pela extraordinária oferta que com a organização deste passeio eles nos tinham feito. E MontiVictor puxou duma surpreendente Caneca Montibiker (original ideia do MontiEmídio) e, com um apertado abraço entregou-a ao PP como demonstração de todo o respeito e apreço que nos merecem os impagáveis BTTretas. Com esta tirada faltava só o nosso PP distribuir os sacos com as lembranças: uma garrafinha de vinho das conhecidas caves BTTretas acompanhando o Certificado de Presença no passeio, recheado de informação sobre alguns pontos do percurso que fizemos onde é de salientar a lembrança dos bombeiros que morreram no ataque ao devastador incêndio que ia aniquilando a serra há anos atrás. Boa jogada, há que lembrar os que se sacrificaram e aprender com os erros do passado. Na Cruz do Monge está uma memória.
Com o sabor das fraternais despedidas ainda presente, lá teve de se procurar onde pagar o estacionamento para se poder sair da Abrunheira e rumar a casa, nas calmas e com alegria.
Bela jornada, obrigado companheiros.
Abraikes. MontiVictor
E para terminar uns apanhados
Olá Montis!
ResponderEliminarCustou mas foi!
A todos os leitores peço desculpa pelos erros e imprecisões que o texto contém. Mas o escriba utilizou tudo o que possuía na cachola e não deu para andar a confirmar ou enriquecer os pormenores.
Tenham paciência!
Abraikes do
MontiVictor
Obrigado Montis pela possibilidade de vos fazer companhia e parabéns pela exacta descrição contida na crónica.
ResponderEliminarP.S.- Só um pequeno pedido ao MontiVictor, não é possível meter uns paragrafozitos na crónica, para eu descansar um bocadinho, ou é mesmo assim, para dar a sensação da subida à Peninha!?
Amigo Jemba, o seu P.S. justifica-se e eu às vezes até tento com algum cuidado aplicar o PontoFinalParágrafo. Mas tenho de confessar que esta crónica foi feita aos soluços e na fase final eu já me sentia de rastos com tanta demora! Assim que o texto se declarou acabado eu deixei-o ir para o blog, sózinho e sem lhe fazer uma inspecção. E o bruto ficou assim, denunciando a minha impaciência. Mas essa ideia de parecer uma subida à Peninha fica registada com agrado, essa subida merece reaparecer na nossa memória.
EliminarObrigado pelo comentário e... comente sempre!
Amigo Victor, o Jemba é o Nautibiker, também karekabiker, ou melhor JorgeBiker, só que Jemba é o nome de registo na conta do Google e eu esqueci-me de assinar o comentário.
EliminarAdorei a crónica e a semelhança da falta de parágrafos com a subida à Peninha, foi só brincadeira.
Abraçobiker,
NautiJorgeKarekaBiker
MontiVictor,
ResponderEliminarA pressão era muita mas a crónica saiu. O dia ficou assim bem narrado e juntando aos filmes e fotos ficamos com bons elementos para mais tarde recordar o belo dia na Serra.
Os parágrafos não existem devido à pressão.
Abraikes
Mais uma crónica narrada á MontiVictor,
ResponderEliminarSempre na sua sempre cheio de speed...
até na bike já se nota que tem ido aos treinos...
Para os BTTretas, aqui fica a minha sincera homenagem pelo excelente dia proporcionado aos amantes do BTT, assim como aos seus companheiros BTT Clube de Lourel, que grande ajuda deram no desenrolar do passeio.
Não posso deixar de enviar daqui um grande abraço ao AlvercaBike pela grande afluência e companheirismo manifestado.
Inté
Meus amigos Montis, é por estas e por outras que vão ter sempre a minha companhia. Estes passeios serão sempre das melhores recordações que vamos tendo para o resto da vida. MontiVictor palavras para quê, você é o verdadeiro artista das crónicas, sempre impecáveis e com os mais detalhados pormenores. Bem até à próxima aventura do passeio no Alviela, de certeza que vai ser espectacular mais uma vez com histórias engraçadas para contar.
ResponderEliminarAbraikes a todos.
Boas,
ResponderEliminarTenho acompanhado as vossas aventuras aqui pelo blog, como tambem sou da zona de Alverca será que posso juntar-me a vocês para umas voltinhas?
Imagino que pensem que sou um novato no BTT, mas não, podem estar descansados que tenho pedalada :)
Se a vossa resposta for afirmativa podem fornecer o mail de contacto para acertarmos então isto?
Cumprimentos,
Luis
Caro Luis,
ResponderEliminarPara os MontiBikers, é sempre com agrado que vemos o interesse de outros amantes do BTT em querer dar umas voltitas connosco...
No Blog do lado esquerdo está o nosso e-mail -- montibikers@gmail.com
E do lado direito temos o Calendário MontiBiker,onde constam alguns passeios já planeados.
No final da página do blog temos o local normal de encontro, assim como as horas normais de saída.
Dá noticias do teu interesse para se combinar melhor --- envia um e-mail
Cumprimentos
MontiEmídio
e-mail enviando
ResponderEliminarCumprimentos,
Luis