Saímos do Mousel como é habitual, por volta das 9:00 horas, já entramos na chamada hora de Inverno, e seguimos em direcção às salinas. Era de prever que o terreno estaria bem encharcado, devido à queda de muita chuva verificada no dia anterior e durante a noite. Realmente assim estava. Pois eu fiz uma má escolha do trajecto e meti a ScottBike numa espécie de areias movediças, uma das pernas ficou enterrada quase até ao joelho e a outra não, porque não a tirei do pedal. Tentei recuar sem tirar o dito cujo do pedal mas não dava, a minha teimosia levou a estatelar-me nas "areias movediças". O meu amigo MontiVictor ria-se que nem um perdido, mas com a sua preciosa ajuda lá saí daquela situação ridícula. Um grande bem haja amigo Victor.
Depois de uma breve limpeza lá prosseguimos, mas por pouco tempo, um km mais à frente mais uma paragem forçada, tinha um furo no pneu da frente da minha Scott. E ainda só tínhamos percorrido 3km, que mais me iria acontecer. Vai de tratar da mudança da câmara de ar. Era a primeira vez que ia fazer tal operação, sim porque nas outras vezes que tive furos havia sempre um expert por perto. Até correu bem, só um pequeno senão, encher o pneu não estava a ser fácil eu bem dava há bomba alternando com o Victor mas executar tal tarefa parecia impossível até que desistimos. Com o ar que o pneu tinha decidimos ir às bombas da Galp na Póvoa tratar do resto.
Quando lá chegamos outra contrariedade, o pipo da câmara de ar não recebia a bomba da Galp. Nova tentativa com as nossas bombas e agora sim para nossa surpresa o pneu em vez de encher vazou rapidamente.
Fiquei completamente abatido, desisto disse ao MontiVictor, vou para casa, por hoje chega, já passou uma hora desde que saímos do Mousel e ainda estamos na Póvoa já não sei se é do pneu se é da câmara de ar estou farto de dar há bomba e nada . Então o Victor puxou da sua câmara de ar suplente e disse - Só nos resta esta hipótese. Mais uma mudança, mais uma tentativa. Quando retiramos a câmara de ar que era nova temos a surpresa de ver que junto ao pipo tinha um rasgão de uns 5 mm. Bem podíamos estar ali toda a manhã. Desta vez tudo correu bem, uma coisa é certa fiquei licenciado em mudança de câmaras de ar. E assim já tinha passado uma hora e trinta minuto desde a nossa saída de Alverca, a ida ao Parque das Nações foi posta de parte e decidimos fazer uma visita à Mata do Paraíso.
No caminho das quintas em Vialonga novo contratempo, no trilho existem uns caniços e algumas dessas canas pendiam no caminho, pois uma dessas malvadas atingiu o nariz do MontiVitor pondo-o logo a sangrar. Fomos a um super mercado ali perto e uma empregada foi muito simpática tratando do nariz do Victor com cinco estrelas, e depois fizemos todo o resto do passeio sem sangue e felizmente sem mais nenhum azar.
Mata do Paraíso, descida até ao Zambujal seguimos até ao Trancão e regressamos a Alverca fazendo os últimos 5 km debaixo duma chuva miudinha. Uma ida às bombas para lavagem das bikes que estavam atascadas de lama até ao guiador e lavagem dos nossos sapatos que de tanta lama não se viam os atacadores. No meio disto tudo, nunca me lembrei de tirar uma foto com o telemóvel, já que não tinha levado a máquina, talvez por isso, não ser habitual fotos com telele nunca me ter lembrado de tirar uma foto, ou então por estar tão embrulhado com as situações.Esperemos que para a próxima, o passeio não seja tão atribulado!
Fiquem bem e boas pedaladas.
Um abraike
Olá Montibikers
ResponderEliminarO Zé Cadilha é muito parcial nos relatos que faz. A saber: a desgraça que me atingiu no passeio de hoje não foi "cana bate no nariz e salta sangue", não senhor! O que realmente se passou foi que os caniços, muito bem combinados, temerosos da velocidade em que eu pedalava, opuseram-me uma barreira à altura do nariz e não me deixaram passar. Mas a minha energia foi tal que os levei de vencida à minha frente, ali, como um valente! E não é que eles se vingam e me cortam, cooortaaam, o nariz que quase mo arrancavam?! Saí a sangrar como um porquinho na matança mas graças à sábia e orientada pesquisa do Zé Cadilha (não é mau colega, vá lá...) descobrimos na gerente do Pingo Doce de Vialonga a eficaz enfermeira que estancou o sangue que não parava de jorrar. E ainda me ofereceu dois pensos rápidos, por prevenção, que santa!
E foi assim, com todo este sangrento cortejo, que tudo aconteceu.
Mas estou vivo pessoal!!!